Lucila
De mãos dadas com Olavo, Lucila caminhava pelo shopping em busca de algo que fizesse o garoto esquecer o que houve na escola. Ela já tinha conversado com ele, e pensou ter resolvido tudo, mas a insegurança do menino o deixava suscetível às situações em que ele se sentia triste e vulnerável.
O colégio São Colombo se comprometeu em resolver a questão com os pais das crianças envolvidas, mas isso não mudava o fato de que Olavo foi humilhado e perseguido por suas origens desconhecidas.
Crianças mal orientadas podiam ser cruéis as vezes. E os colegas que o agrediram verbalmente por ele não ser filho de ninguém, muito menos alguém importante como os pais deles, fizeram um enorme estrago no coração e no humor do garoto. Que mesmo já tendo dominado as libras totalmente, preferia o silêncio.
Ela o levou até uma lanchonete e pediu pelo celular uma porção de batatas fritas, uma das coisas preferidas dele.
“O que você acha de conversar um pouco, enquanto a comida é preparada?” ela sugeriu