Quando voltaram do hospital, o silêncio no carro de Bianca era pesado e denso, um pouco de cansaço e tensão. Ao chegar ao apartamento de Eric, ela o ajudou a entrar. O apartamento, agora limpo de toda aquela bagunça, graças ao serviço de limpeza que ele havia chamado antes de sair, ainda conservava o cheiro de desastre. Ela o acompanhou até a sala, e nesse momento, decidiu que era hora de ir embora. Ela tinha as crianças esperando em casa, e esta noite já havia durado demais.
— Eu vou embora. Você está bem, e essa é a única razão pela qual eu estou aqui — ela soltou, com a voz firme.
Ela se virou e se dirigiu à porta, mas justo quando estava prestes a sair, a voz rouca dele a deteve.
— Espere.
Eric a deteve pelo antebraço. Ela se virou e percebeu que ele a havia guiado a um quarto, o dele. O lugar estava um pouco mais escuro, com a única luz do abajur. Bianca sentiu um arrepio de alarme. O desejo no olhar de Eric era palpável, uma injeção de algo que a deixava nervosa.
— Por que você