Alejandro observa o bolo mais uma vez e sorri de canto, como se planejasse algo. Ele passa a mão pelo cabelo, ajeitando os fios bagunçados pelo vento do helicóptero, e me lança aquele olhar que sempre faz meu coração disparar.
— Então, Luna... — começa ele, aproximando-se da mesa com uma lentidão calculada. — Acha mesmo que vou comer esse bolo agora?
— Não acha que está bonito o suficiente? — provoco, cruzando os braços e tentando esconder o sorriso.
Ele dá uma risada baixa, quase rouca, e balança a cabeça.
— Não é isso. Eu só pensei... — Ele dá um passo à frente, seu olhar se tornando um misto de malícia e carinho. — Que talvez possamos escapar por uns minutinhos.
— Alejandro! — exclamo, fingindo um tom de reprovação enquanto Marta, que acabara de voltar para checar o pão no forno, solta uma gargalhada.
— Eu não ouvi isso — diz ela, tapando os ouvidos teatralmente, mas ainda rindo. — Aproveitem, eu fico de olho nas crianças.
Ele não espera outra palavra. Alejandro se aproxima e me ab