AIYANA
Eu não sei o que esperava de um pai perdido e reencontrado. Talvez um abraço desconfortável, ou um pedido de desculpas dramático, digno de algum romance cafona que Alyssa tentaria me empurrar. Mas Vardam não me deu nada disso.
E, no fundo, eu sou grata por isso.
Ele não me chamou de “filha”. Não tentou preencher um papel que nunca foi dele. Só se apresentou como alguém que sabia mais do que estava contando, o que é típico de todo mundo na minha vida, parece e ofereceu o que podia: respostas, orientação, treinamento.
Ainda assim, quando estou perto dele, sinto como se estivesse tentando decifrar um enigma antigo. Como se ele carregasse todas as peças do meu quebra-cabeça e estivesse testando