AIYANA
Acordei como se tivesse sido arrastada do fundo de um lago congelado. Meus músculos doíam, minha cabeça latejava, e meus pensamentos vinham em fragmentos desconexos. A primeira coisa que senti foi o toque suave dos lençóis contra minha pele, um tecido que com certeza não pertencia ao quarto de hotel barato onde estávamos hospedados. Aquilo não fazia sentido. Pisquei, tentando forçar meus olhos a se ajustarem à penumbra elegante do ambiente.
O quarto era amplo, e o ar tinha um cheiro discreto de lavanda.
As paredes eram cobertas por papel de parede branco com flores de laranjeira, o teto era alto, e o lustre acima da cama parecia ter saído de algum salão nobre de séculos atrás. Não havia janelas. Apenas uma porta de madeira entalhada e m&oa