— Mãe, você deveria ter me consultado. Não estava nos meus planos transformar minha vinda em um evento.
— Eron, não precisa se preocupar — disse Luna, com um sorriso gentil. — É uma honra conhecer sua família, por mim tudo bem. Não precisa criar um mal-estar por conta disso.
— Viu? A sua namorada não se importou — comentou Iolanda com um ar vitorioso.
Luna continuou ajeitando o guardanapo de pano em seu colo. Sentia-se observada por Iolanda, que parecia analisá-la o tempo todo, como se buscasse algo em seu comportamento.
— Então, Luna, você é natural da Itália? — perguntou Iolanda, com os olhos fixos nela.
— Sim — respondeu Luna, voltando seu olhar com delicadeza para a senhora Garossy. — Meu pai é brasileiro, já minha mãe era italiana. Eles se conheceram quando ela estava de passagem pelo Rio.
— Mora com seus pais?
— Apenas com meu pai — respondeu Luna, repousando o talher sobre o prato. — Minha mãe faleceu logo após o meu nascimento.
Eron permaneceu em silêncio, observando atentament