NARRADOR
O alívio foi instantâneo, mas fugaz. Lua estava com o coração na garganta, os olhos fixos na escada de onde o fraco som da tosse de Lorena havia vindo. Ela viu Maria, com a expressão tensa, subir rapidamente as escadas, garantindo que a menina fosse cuidada pela "babá fantasma".
Lua soltou a respiração. A máscara de executiva retornou, mas seus dedos tremiam ligeiramente sobre a taça de cristal.
— Você está bem, Lua? Você parece ter visto um fantasma. — Durval perguntou, notando a palidez momentânea.
— Estou ótima. Apenas o calor do ambiente. — Lua respondeu, forçando um sorriso glacial.
Alexandre, ainda na mesa principal, estava observando a interação. Ele notou a ansiedade de Lua. Por que ela se importaria com a tosse de Lorena?
Neste momento, a porta principal da mansão se abriu, e o salão silenciou-se completamente.
Entraram Isabel e Henry Bittencourt, os pais de Alexandre e Marcelo. Henry, o patriarca, tinha a presença imponente de quem construiu um império, e Isabel, a