JADE
O Ravi...
Arrogante. Presunçoso.
Aquele tipo de homem que acha que o mundo gira ao redor do próprio umbigo.
Ele sorri como quem sabe que pode ter tudo. Como quem acredita que basta estalar os dedos para o mundo se curvar.
E, maldito seja, ele tem uma presença que atravessa qualquer defesa.
Quando senti a respiração dele no meu ouvido, quando a língua roçou minha pele, meu corpo traiu minha cabeça.
Arrepiei. Estremeci.
Mas foi só isso.
Eu não sou o tipo de mulher que se curva por um toque. Nem por olhares que queimam.
O que ele tem de atraente, tem de insuportável.
Saí do escritório dele com o peito em chamas de raiva. Queria gritar. Bater a porta.
Mas não podia me dar esse luxo.
Não quando a saúde da minha mãe depende de mim.
Não quando ele sabe — e gosta de saber — que eu não tenho muitas saídas.
Se ele quiser mesmo ferrar minha vida, pode.
Ninguém contrata alguém que um homem como Ravi manda queimar no mercado.
Então, por mais que tudo em mim gritasse para mandar ele pro infern