— O senhor ainda pergunta?! — exclama, de um jeito que eu nunca imaginei vê-la, já que é sempre tão prestativa, dócil e calminha. — E burra é a cretina da sua ex! Ou o senhor, por ter se relacionado com uma criatura tão doida como essa!
— Noely... — pigarreio, mas vejo que ela já perdeu as estribeiras de tudo.
— E eu sou a conselheira do senhor, não se esqueça de que estou aqui para fazer o meu trabalho! Por isso, também faça o seu papel de ser o meu chefe!
— É claro. Eu posso falar?
— Se for pedir desculpas, eu o desculpo e decreto que essa situação nunca aconteceu, agora, com licença.
Sem me deixar me pronunciar, ela passa do meu lado, trombando de propósito no meu braço e afastando-se firmemente, com seus saltos fazendo um barulho forte no piso.
Puta que pariu, meus olhos não desviam das suas curvas e a minha boca não se fecha, chocado e boquiaberto com essa mulher.
Eu mereci? Eu mereci!
Que droga, sinto muito pela Noely, foi muito errado o que eu fiz, ainda mais como o seu chefe.