Noely Sartori
Carter parece perdido, desnorteado. Em nenhum momento pensei em tratá-lo mal ou jogar na sua cara o que passei nessas últimas três semanas, pois noto que o meu sofrimento não chega aos pés da realidade que está vivendo sozinho, apenas com a sua mente em luto.
Eu o faço se levantar e o levo embora para a minha casa. Nem questionei de irmos para a sua, já que repetiu duas vezes que não queria ir para lá. Acho que desde que voltou não pisou os pés na mansão. Nem o Breno, ele está dormindo num apartamento que alugou perto do centro.
Ao chegarmos em casa, abro a porta da sala e ele me puxa pela cintura, para me abraçar forte de novo, como se não quisesse me largar nunca mais.
Que saudades eu estava dos seus braços, do seu perfume.
— Carter, eu não vou sumir.