Otto ficou triste. Odiava brigar com Julia, ainda mais por um mal-entendido. Sabia que ela amava o trabalho, era ótima nisso, assim como era uma excelente mãe e esposa. Nunca passou pela sua mente pedir que parasse de trabalhar, mas infelizmente foi o que pareceu. Entendia que ela não queria estar longe, trabalhando e pensando se estavam bem em casa. Precisava confiar nele.
Respirou fundo e subiu para ver Zoe, que estava sentada na cama, esperando por ele. Otto se sentou e ela deitou. Ele a cobriu e fez um carinho em seu cabelo.
— Por que ela está tão brava? — perguntou.
— Porque a gente não segue as regras e eu, como seu pai, preciso fazer o que é certo. Ela tem razão.
— Ela é chata — falou, aborrecida.
— Não fala assim da sua mãe. Nunca mais fale isso — a repreendeu com doçura.
— Mas, pai...
— Julia está chateada por uma conversa que tivemos. Ela vai continuar brava por um tempo. Só preciso deixar ela no canto dela, que a raiva vai passar. Aí consigo consertar tudo.
— Vocês vão se s