Julia foi se acalmando aos poucos. A presença de Otto a tranquilizava. Depois de um pesadelo pavoroso, era reconfortante ver alguém familiar ao seu lado.
Ela pensou em se levantar, mas desistiu. O esforço que fizera mais cedo resultou em uma dor incômoda e um pequeno atrito com o marido.— Meu Deus, como é difícil ter que ficar quieta — resmungou baixinho. — Que merda...Suspirou, fixando o olhar no teto. Precisava se controlar para não se mexer demais, mas a inquietação era insuportável. Queria um copo de água, queria ir ao banheiro, queria qualquer coisa que não fosse ficar ali, imóvel.— O que diabos você está fazendo, se mexendo tanto?Julia levou um susto com a voz de Otto, seguido pelo clique do abajur sendo aceso. Virou o rosto e encontrou o olhar dele fixo nela, estudando sua agitação.— Preciso de água… Quero levantar — começou a resmungar. — Desculpa te acordar…Otto sorriu, achando graça da situação, e se leva