Matthew correu floresta adentro, atravessou a pista, pulou a cerca e continuou correndo. Avistou uma fazenda, se escondeu no estábulo até o anoitecer e só então saiu, observando o local que parecia vazio. Mesmo assim, caminhou até a casa com cuidado. Entrou e verificou cômodo por cômodo — estava deserta.
— Como vamos sair dessa? — murmurou.
Mexeu no chuveiro e viu que saía água.
“Pegue o que há de valor, troque de roupa e vá para a estrada” — a voz soou firme dentro dele.
Matthew se olhou no espelho, respirou fundo, abriu o armário e viu uma maquininha de barbear. Ficou olhando-a por alguns segundos, analisando se realmente faria aquilo.
“Tem certeza? É mesmo necessário?” — perguntou a voz, agora mais hesitante.
Ele ligou a máquina e passou pela cabeça, removendo todo o cabelo e, em seguida, a barba.
— Sim, é necessário — a voz saiu baixa, quase entristecida.
Matthew encarou o espelho por alguns instantes. Observou o novo reflexo e soltou um longo suspiro.
“Continua bonito” — disse a