Os dias seguiram-se com Matthew no controle de tudo, e isso o deixava de excelente humor. A casa vivia repleta de flores; sempre que ia para a cidade, ele voltava com buquês, vestidos, joias ou qualquer outra coisa que sua mente distorcida entendesse como prova de amor.
Ela, por sua vez, passava quase todo o tempo na cama. Dormia demais, mal se alimentava e estava cada vez mais magra. Sua voz só surgia quando alguém lhe dirigia a palavra. A vitalidade tinha se apagado, e nada restava daquela Julia de verdade, a mesma que ele dizia amar tanto.
— Estou realmente preocupado com você — disse, sentando-se na cama com mais um buquê nas mãos. — Você quase não sai da cama, mal se alimenta, nem chegou perto do jardim... — lamentou, enquanto passava a mão de leve no braço dela.
Julia soltou um suspiro pesado, desviou o olhar para não encará-lo e voltou a fixar os olhos no vazio.
— Estou com saudades da Zoe — murmurou.
— Se eu trouxer notícias dela, você vai se sentir melhor? — pergunto