A porta se abriu e o contorno de um homem surgiu na escuridão. Julia sabia quem era. Começou a puxar o braço, que ficava ainda mais dolorido a cada movimento. Ignorou a dor — a única coisa que queria era se soltar e fugir dali o mais depressa possível.
A luz acendeu, fazendo seus olhos doerem. Aos poucos, ela os abriu novamente. Lá estava Matthew de pé, a face tomada de ódio — pior do que no estacionamento. O pavor sufocante a envolveu. Julia gritou ao vê-lo se aproximar.
Ele puxou o lençol e o jogou para longe. Julia sacudia as pernas, tentando mantê-lo distante, mas ele tapou sua boca com força.
— Shhh... — falou, apertando suas bochechas.
Verificou as cordas que prendiam os braços de Julia e as apertou ainda mais, arrancando dela um gemido de dor. A pressão contra os pulsos a fez desistir de lutar; quando percebeu, Matthew já estava sobre ela. A mão dele, fria, deslizou até seu pescoço, enquanto os olhos fixos — quase sem piscar — a encaravam com fúria silenciosa.
Julia congelou. O