A sensação de vitória era reconfortante, mesmo sem saberem quando, de fato, se encontrariam com Pablo.
Um sorriso se formou no rosto de Frances assim que entrou no carro. Juan, ao seu lado, estava visivelmente intrigado — nunca havia conhecido alguém tão interessado em sentimentos durante uma investigação.
— Por que estava tão interessado em como ela se sentia? — perguntou, finalmente.
— Ela é uma mulher assustada, sozinha. Com certeza queria ser ouvida. Viu como ela estranhou alguém demonstrar interesse? Talvez nunca tenha recebido esse tipo de atenção... Ou, por estar longe do marido, não recebe nenhum tipo de afeto — respondeu Frances, com tom casual, como se fosse óbvio. — De qualquer forma, uma mulher gosta de ser ouvida, de ser compreendida. Às vezes, elas só querem falar até cansar... e chorar.
— Mas como sabe tanto assim? — questionou Juan, franzindo a testa.
— Cresci rodeado por mulheres.
— Uau — exclamou o detetive. — Isso deve ser ótimo para se dar bem com elas.
— Não mesmo