Após o elegante almoço servido pela chefe Dana, os alfas e suas lunas foram reconduzidos à sala de reuniões. O ambiente, embora solene, carregava agora um ar ligeiramente mais leve, como se a refeição tivesse acalmado os ânimos e preparado os líderes para a próxima pauta: o Baile de Companheiros.Lucian, sentado à cabeceira da mesa, tamborilava os dedos contra a madeira polida enquanto observava todos se acomodarem. Ao seu lado, Selena mantinha a postura ereta, mas o olhar atento, como se já antecipasse os argumentos que viriam.— Bem, como já discutido anteriormente, o próximo ponto é sobre o Baile de Companheiros deste ano — começou Lucian, a voz firme preenchendo o espaço. — No ano passado, mantivemos a tradição. No ano anterior, como todos sabem, o baile foi cancelado pela perda irreparável de Alina. Este ano, mesmo com o cenário em aparente estabilidade, precisamos avaliar com cautela.Alfa Dominic, um homem de cabelos grisalhos e expressão sempre pra
A tarde avançava suavemente, tingindo o céu com tons dourados enquanto os jardins do palácio ganhavam vida com conversas, risos contidos e a presença tranquila dos alfas e suas lunas. Selena observava a cena com um leve sorriso no rosto, sentada sob a sombra de uma grande árvore ao lado de Helena, Luna da Alcatéia Lua Escarlate, e outras lunas que tinham chegado para o encontro anual. Lucy e Luke corriam entre as flores, rindo alto enquanto Isla os acompanhava, atenta, mas divertida. Lucian os observava de longe, em pé com Rylan e Caden, mantendo-se vigilante mesmo em um momento de descontração. — Está tudo indo bem até agora — comentou Rylan em voz baixa, olhando em volta. — As patrulhas foram reforçadas e a segurança dobrada na ala de hospedagem. Lucian assentiu, os olhos ainda fixos nos arredores. — E permanecerá assim até o último dos convidados ir embora. Não subestimaremos o silêncio de seis meses. Cade
Os três dias de reuniões intensas com os alfas finalmente haviam chegado ao fim. Debates, decisões, planejamentos — tudo fora cuidadosamente discutido para garantir não apenas a realização segura do tão esperado Baile dos Companheiros, mas também o fortalecimento das alianças entre as alcatéias. Agora, os alfas e suas lunas retornavam às suas terras, deixando o palácio novamente silencioso, mas repleto de planos a serem postos em prática. Selena observava da varanda principal o último dos carros cruzando os portões de ferro do território. Sentiu um misto de alívio e saudade. Tantos rostos conhecidos, tantos aliados antigos... e agora, mais do que nunca, o futuro dependia da união entre eles. — Eles partiram — disse Lucian, aproximando-se dela e envolvendo seus ombros com o braço. — Foi cansativo, mas produtivo. E acho que todos saíram com a sensação de que estamos preparados — respondeu ela, repousando a cabeça contra o peito do companhei
Os primeiros raios de sol atravessavam os vitrais coloridos do salão principal do palácio quando a Rainha Selena entrou na sala com uma prancheta em mãos. Atrás dela, a Princesa Celeste e Lívia, companheira do Gama Caden, vinham conversando animadamente sobre as ideias para o baile. — Hoje é o dia de começarmos os primeiros testes — anunciou Sua Majestade, depositando a prancheta sobre a grande mesa central. — Já falei com Dana, Majestade. Ela vai preparar algumas opções do cardápio para provarmos depois do almoço — informou Lívia, sorrindo. — Ótimo. E os músicos? — perguntou Selena. — Estão montando seus equipamentos no salão menor, Vossa Majestade — respondeu Celeste. — Fizeram questão de começar ainda hoje os primeiros ensaios. Selena assentiu, satisfeita. — Então vamos dividir as tarefas: eu fico com os músicos, você, Celeste, verifica as amostras de decoração que chegaram, e Lívia coordena
O palácio estava em plena ebulição. Faltando poucos dias para o Baile dos Companheiros, a movimentação era intensa em todos os corredores. Servos e organizadores corriam de um lado para o outro, levando tecidos, flores, instrumentos musicais e caixas com decorações cintilantes. No meio dessa correria, a Princesa Celeste, irmã da Rainha Selena, caminhava apressada pelos corredores, conferindo pela terceira vez a lista de tarefas pendentes. Carregava um caderno cheio de anotações e rabiscava algo a cada dois passos, mal percebendo o próprio cansaço que começava a se acumular. Selena, que atravessava o corredor principal conversando com Lívia sobre os arranjos finais, notou a expressão pálida da irmã. — Celeste, pare um pouco para respirar, — comentou a Rainha, sorrindo, ao ver a irmã quase tropeçar nos próprios pés. — Estou bem, Vossa Majestade — respondeu Celeste entre risos, usando o tratamento respeitoso que costumavam bri
O palácio estava diferente naquela noite. Embora o movimento de servos e trabalhadores ainda estivesse a todo vapor, havia um ar de ansiedade e excitação pairando no ambiente. Cada detalhe era verificado uma última vez — as flores nos corredores, os tecidos pendurados nas paredes, o piso polido que refletia a luz dourada dos candelabros. Selena caminhava de um lado para o outro pelo grande salão, acompanhada de Celeste e Lívia. As três usavam vestidos leves, apropriados para o trabalho intenso daquele dia. — Esses arranjos de flores ainda não estão centralizados, — disse Celeste, parando diante de uma das mesas decoradas. — Eu vi também, — respondeu Selena, mordendo o lábio. — Melhor pedir para ajustarem tudo agora, antes que fique tarde. Lívia já sinalizava para um dos servos, que imediatamente correu para corrigir o posicionamento das flores. — Tudo precisa estar perfeito amanhã, — disse Lívia com um sorris
O primeiro raio de sol atravessou os vitrais do palácio, tingindo os salões com tons dourados e rubros. Era o dia. O baile dos companheiros. O dia que celebrava não apenas os laços entre almas destinadas, mas também a nova era sob o reinado de Selena e Lucian. E, como se o destino tivesse cravado a data com intenção divina, também era o terceiro aniversário dos pequenos Luke e Lucy.Selena já estava desperta antes mesmo das damas entrarem no quarto para ajudá-la a se arrumar. Sentada à beira da cama, observava os dois filhos dormindo tranquilamente em seus bercinhos posicionados perto da varanda.Lucian surgiu ao seu lado, ainda com os cabelos desalinhados pelo sono, e envolveu-a com os braços.— Está pronta para o grande dia? — sussurrou ele, depositando um beijo em seu ombro.— Estou pronta... mas também um pouco emocionada, — confessou ela, sorrindo enquanto observava os filhos.Lucian a apertou com carinho.— Eles cresceram t
O salão principal estava em êxtase. As luzes dançavam pelos cristais, o dourado das colunas refletia o brilho das velas flutuantes, e a música preenchia cada canto do ambiente. Casais giravam pelo chão de mármore como se a noite não tivesse fim. Risos ecoavam e sorrisos iluminavam os rostos daqueles que encontravam seus companheiros pela primeira vez — um verdadeiro presente da Deusa da Lua.Isla caminhava entre os convidados com passos leves, os olhos atentos a cada lobo presente, mesmo que tentasse disfarçar. Ainda que sua expressão fosse serena, seu coração batia com força no peito. A expectativa daquele momento a deixava em alerta, como se algo dentro de si soubesse que tudo estava prestes a mudar.Ela parou ao lado da mãe, Luna Helena, que observava a filha mais nova com carinho. — Está nervosa? — Helena perguntou, tocando levemente o braço da filha.— Um pouco... — Isla admitiu, sorrindo de lado. — Eu sei que o que tiver de ser, será. Mas é impossíve