O portão de ferro forjado abriu-se com um rangido sinistro. A "casa" da família Domani na Itália era mais fortaleza que mansão – muros de pedra medievais, torres de vigilância modernas e câmeras em cada ângulo.
— *Papai, é um castelo!* — Sofia gritou, seu narizinho colado na janela do carro blindado.
Luca sorriu, mas seus olhos permaneciam alertas, varrendo cada centímetro do caminho de entrada.
— *Sua bisavó construiu isso depois da guerra* — explicou. — *Domanis nunca confiaram em reis ou governos.*
O carro parou diante de escadas de mármore, onde uma figura esguia esperava. *Eleonora Domani.* Mesmo aos sessenta e poucos anos, a mãe de Luca mantinha uma postura de rainha – cabelos prateados presos em um coque impecável, olhos verdes idênticos aos do filho avaliando cada detalhe.
— *Finalmente* — ela disse em italiano, abrindo os braços. — *Minha neta.*
Sofia, normalmente tímida, surpreendeu ao correr direto para os braços da avó. Eleonora sorriu pela primeira vez, acaric