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A Babá Ômega que o CEO Alfa Nunca Perdoou
A Babá Ômega que o CEO Alfa Nunca Perdoou
Por: Cristinna Ramos
Eu não sabia, mas ele seria a minha ruína. 

Elise

— Você me odeia tanto assim?

— Não, eu não a odeio, eu a desprezo. — Logan respondeu-me com frieza. — Eu nunca vou perdoá-la, Elise. Nunca.

Eu queria entender onde tinha ido parar aquele homem doce por quem me apaixonei. Eu não alucinei e tenho a prova viva disso. 

Eu não concordo com seu desprezo, pois a culpa foi dele. Ele que me abandonou quando eu mais precisei. É por causa dele que estamos nessa situação hoje.

No entanto, se eu pudesse voltar dez anos no passado, eu faria exatamente igual, foi graças a ele que hoje eu tenho meu bem mais precioso.

** Dez anos atrás. **

— Eu marquei hora… — Nervosa, abri o papel amassado com a anotação feita pela diretora do orfanato.

— Documento.

Estremeci com a voz grave do segurança em frente ao grande portão de ferro. Se ele não me deixasse entrar, teria que voltar andando, a diretora pagou o táxi apenas para chegar aqui. E eu não tinha dinheiro nem para comer, quem dirá para táxis.

Ela disse para não me preocupar, pois eu certamente seria contratada, mas eu não estava tão confiante assim.

Essa entrevista de emprego apareceu de última hora, ela me pediu para vir às pressas, disse que era uma boa oportunidade.

Procurei meu documento dentro da mochila e o entreguei. Era uma vaga para babá, a diretora disse que eles precisavam com urgência, mas eu não tinha nenhuma experiência.

O homem de óculos e terno escuro falou com alguém em seu comunicador e pouco depois me devolveu o papel junto ao documento.

— Siga em frente.

— Muito obrigada. — Curvei-me sutilmente antes de respirar fundo. 

O portão foi aberto e dei passos hesitantes ainda. A mansão um pouco mais à frente era tão bonita quanto nos filmes.

Mas isso apenas aumentava meu medo. 

Olhei para meus trajes, eu vesti minha melhor roupa, uma calça jeans, uma camisa rosa com mangas longas e de uma malha mais grossa. Era simples, mas pelo menos eram novos. 

Suspirei. Eu precisava de um emprego, já não podia permanecer no orfanato que vivia desde os cinco anos, mas a diretora não podia fazer muito por mim, eram as regras da instituição. 

Depois que se alcançasse a maioridade, tínhamos que sair. Ao menos ela pôde me dar um bom prazo.

A casa conservava características tradicionais americanas, ainda assim, com um toque moderno, era privilégio de poucos, apenas famílias muito ricas viviam nessas áreas afastadas com grande parte de vegetação.

Uma mulher de meia idade me aguardava na entrada, pelas suas vestimentas formais, se tratava de uma governanta. Ela torceu os lábios sutilmente e me encolhi um pouco.

No entanto, ela apenas pediu minha mochila e guardou em um armário embutido logo na entrada. Sua seriedade apenas servia para me deixar mais tensa.

— Senhorita Jhonson, me siga por favor.

— Sim, senhora. 

Observei o luxo logo na entrada, não era uma sala, apenas um vão com algumas obras de arte, uma escada ao centro e portas fechadas ao redor. Tudo excessivamente claro, até mesmo o piso que mais parecia um espelho.

Eu nunca poderia entrar aqui dentro se não fosse como uma empregada. 

Isso me dava mais medo, deviam ser pessoas muito exigentes e, certamente, era uma família de alfas. 

Logo ouvi um choro de bebê que foi aumentando à medida que nos aproximávamos e quando ela abriu a porta de um dos cômodos, o choro se revelou com mais intensidade.

Uma mulher tentava acalentar uma criança que ainda parecia estar em seu primeiro ano de vida. Um menino. 

A cena era encantadora, assim como em um filme, bem, talvez eu tenha visto muitos, mas ela era muito bonita. Acho que pessoas de classes superiores eram sempre assim.

— Oh, querida, entre. — A mulher sorriu sem deixar de se balançar junto ao bebê. 

— Bom dia, senhora. — Uni as mãos na frente do corpo. Eu me senti inferior, envergonhada.

— Bom dia, que bom que chegou. — Ela veio até mim ainda sustentando um sorriso. — Você se tornou uma bela mulher, Elise.

Ela já me conhecia?

Senti meu rosto esquentar e olhei com atenção. Seus cabelos escuros e lisos caiam como por cima da camisa social larga, estavam bem divididos no topo de sua cabeça. Os olhos castanhos claros tinham um brilho aconchegante.

— Obrigada, senhora.

— Pegue, segure ele por um momento. — Ela colocou-o em meus braços de repente e me assustei. 

Um pouco desajeitada, segurei-o com medo de deixá-lo cair, eu já tinha segurado crianças pequenas no orfanato, mas esse menino pertencia a uma família rica e qualquer erro, eu seria duramente penalizada.

O menino que chorava alto foi parando aos poucos, seu rostinho rechonchudo e molhado de lágrimas era delicado, suas roupas macias de algodão deixava um toque aveludado em minhas mãos.

Ele parou de chorar e soluçou, seu olhar curioso me fez sorrir. Era uma criança bonita, cabelos loiros escuros e finos, um pouco ondulados, tive vontade de acariciar sua cabeça, mas me contive quando percebi o olhar maravilhado daquela mulher.

— Ele gostou de você, está contratada.

— Mas senhora, ela não tem experiência como babá e se acontecer alguma coisa? — A governanta que até então se manteve calada, manifestou-se.

— Isso para mim foi o suficiente e você sabe da condição de saúde de Hazel, ele não aceita qualquer um.

— Eu sei, mas.

— Além disso, ela deve saber o suficiente, Martha me disse que ajudava com as crianças menores, certo?

— Sim senhora — respondi prontamente.

— Então está perfeito.

Olhei novamente para o menino que ainda me fitava com curiosidade.

— Mãe, o que está acontecendo aqui?

Virei rapidamente em direção a voz. Um homem estava parado na porta, ele me olhou de cima abaixo de cenho franzido. 

— Logan, não seja mal-educado, venha conhecer a nova babá do seu irmão.

Eu não sabia, mas ele seria a minha ruína. 

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