A noite caía lenta sobre a mansão Valenti, espalhando tons dourados pelas paredes de vidro que refletiam o jardim iluminado. O silêncio tinha um peso diferente ali dentro — não era vazio, era expectativa. Como se cada esquina guardasse conversas não ditas, gestos contidos e sentimentos que ninguém ousava admitir.
Elena caminhava pelo corredor com passos suaves, segurando a pequena mochila de Liam, ainda morna do banho. O menino dormia pesado sobre o ombro dela, o rosto rosado e o punho fechado em sua blusa, como se temesse soltá-la até mesmo dormindo.
Ela abriu a porta do quarto dele com cuidado, respirando fundo quando a luz suave da luminária azul preencheu o ambiente. Ajeitou Liam na cama com movimentos delicados, puxando o cobertor até seus ombros. Ele virou de lado, os cílios longos relaxados, e murmurou algo inaudível, quase um sonho pedindo para não ser interrompido.
Elena ajeitou uma mecha do cabelo dele, sentindo aquele amor silencioso crescer em seu peito. Liam tinha o dom d