A campainha soou como um trovão suave na mansão silenciosa, reverberando pelas paredes com uma urgência inegável. O som fez Antonela sobressaltar-se no sofá, onde estava sentada com Aurora ainda aninhada em seu colo. Seu coração já estava acelerado desde o momento em que vira o estado do braço de Isabella, mas agora batia num compasso mais forte, com esperança e tensão misturadas.
Marta se levantou num salto, o pano de prato já esquecido sobre a mesinha de centro, e correu até a porta. Seus passos ecoaram apressados pelo mármore branco do hall.
Ao abrir, a imagem do doutor Stefanno surgiu com nitidez e imponência à sua frente.
— Graças a Deus. — exclamou Marta, com a respiração entrecortada. — Você veio rápido… é a babá. Ela foi atacada por um cão. Está ferida, está sangrando…
O médico, um homem jovem de pouco mais de trinta anos, elegante mesmo sob a pressão do momento, assentiu, já retirando a alça de couro da maleta do ombro. Usava um jaleco branco impecável por cima de uma camis