A mansão dos Vellardi mergulhava em um silêncio quase sobrenatural depois do pôr do sol. Era como se cada pedra, cada pintura antiga nas paredes, cada dobra de cortina pesada guardasse os segredos da noite e que se recusassem a revelá-los.
O ar se tornava mais espesso à medida que as horas avançavam, e o som mais leve parecia ressoar alto demais, como se profanar aquele silêncio fosse um crime. Aquela casa, com seus corredores longos e iluminação suave, lembrava os castelos esquecidos dos contos sombrios… e, naquela noite, eu me sentia uma princesa enjaulada, mas não à espera de um salvador.
Eu esperava algo muito mais perigoso. Esperava por ele.
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