A porta do quarto de hóspedes se abriu devagar, sem emitir um único rangido, como se a própria mansão respeitasse o instante que estava prestes a acontecer. O ambiente se revelou amplo e acolhedor, um refúgio silencioso no meio da madrugada. As cortinas translúcidas dançavam suavemente com a brisa que entrava pela janela aberta, trazendo o perfume fresco da noite misturado ao cheiro distante de terra molhada e flores silvestres. O luar atravessava o tecido leve, espalhando uma luz prateada que desenhava formas suaves no chão e iluminava parte da cama king size, coberta por um edredom branco impecável, convidativo, quase etéreo.
Lorenzo fechou a porta com cuidado, sem trancar, apenas encostando-a devagar, como quem protege um segredo. Encostou as costas na madeira por um momento, parando ali para respirar, os olhos fixos na