Lorde Brathmor estava sentado em sua sala privada, dedos tamborilando impacientes na mesa de mogno, quando a Madre Superiora finalmente chegou.
A velha freira entrou com reverência exagerada como sempre fazia quando visitava o palácio. Como se sua humildade performática pudesse esconder a ganância em seus olhos.
- Meu Lorde Agradeço por me receber com tão pouca antecedência.
-Sente-se Temos assuntos a discutir.
A Madre Superiora sentou, mãos dobradas castamente no colo. Mas seus olhos pequenos e afiados já procuravam. Avaliando. Calculando quanto poderia extrair desta reunião.
- É sobre a bastarda, Raia.
-Ah, A pobre criança enviada como tributo. Uma tragédia. Mas necessária, claro. O bem do reino sempre deve vir primeiro.
- Ela não morreu.
As mãos da Madre Superiora se contraíram levemente.
- Perdão?
-A garota Ela não foi devorada. Ainda está viva. Nas montanhas.
- Impossível O dragão sempre... todas as outras...
- Exatamente Todas as outras morreram. Mas não ela. E mais inte