Ecos do Fogo e Esperança
Há dois mês que os aborígenes haviam encontrado os quatro sobreviventes entre os destroços e levado-os para a aldeia escondida no coração da mata.
As feridas físicas começavam a cicatrizar, mas as da alma ainda doíam.
Charlotte permanecia em silêncio quase absoluto, com o olhar perdido, os cabelos despenteados e o corpo mais frágil a cada dia.
O pequeno colar de prata que ela usava com a letra E repousava sobre o peito — era tudo o que restava da vida anterior.
Seu corpo ainda produzia leite, mas a dor da ausência do bebê fazia tudo piorar, A comissária — a mais experiente entre eles — ajudava Mark a manter a ordenha, temendo que o leite empedrasse e causasse infecção.
Era doloroso, constrangedor, mas necessário.
Mark fazia o que podia, cada vez que via Charlotte gemer, febril, chamando por “Edy, meu bebê.”, o coração dele se despedaçava um pouco mais.
Do outro lado, o comissário de bordo ferido lutava contra as dores. A perna, imobilizada com hastes de bamb