Dante reclinou-se na cadeira de ferro no terraço da villa, contemplando o mar da Sicília, como se as ondas pudessem revelar as respostas que buscava. O sol despontava no horizonte, colorindo o céu de cobre e ouro.
À sua frente, Nicolas, com o rosto tenso e a alma em conflito, preparava-se para uma conversa difícil.
— Dimmi la verità, amico, — disse Dante, após um longo silêncio. — O seu casamento com Charlotte foi... um casamento normal? Tradicional?Nicolas olhou para ele, sem compreender de imediato.
— O que você quer dizer?Dante ergueu as sobrancelhas, a firmeza de sua voz cortando a tensão do momento.
— Quero saber... havia amor? Havia convivência? Você a desejava?Nicolas respirou fundo, deixando seu olhar vagar por um instante. — Não, — respondeu finalmente. — Não tivemos convivência.
Casamos por um contrato que meu avô impôs. Prometi a Charlotte que, após dois anos, ela estaria livre.— Hm. — Dante tragou o charuto lent