E assim, depois de muito lutar contra os pensamentos que o atormentavam, Nicolas finalmente adormeceu. O peso da oração feita ainda pairava no quarto, como se as paredes tivessem absorvido cada palavra de sua súplica. O sono não veio leve, mas sim denso, cansado, como um alívio temporário para um coração marcado pela dor.

Enquanto isso, na edícula, Grace ajeitava os travesseiros na cama simples onde repousava. Os olhos dela, apesar do cansaço da viagem e das preocupações com a saúde frágil, insistiam em permanecer abertos. A lembrança da nova realidade — morar em Boston, ao lado da filha, enquanto Emily assumia a responsabilidade de cuidar de um bebê órfão — ainda lhe parecia um sonho estranho, uma mudança abrupta do destino.

Mas algo, naquela noite, não lhe saía da mente. Charlotte, esse nome ecoava em sua memória como uma campainha insistente, e no íntimo ela sentia que estava montando um quebra cabeça.

Ela se sentou, apoiando as mãos nos joelhos, e deix