Acordo com alguém molhando o meu rosto e ao abrir os olhos, me vejo sentada numa cadeira dentro de um quarto poeirento, com as mãos amarradas para trás.
— Onde eu tô? — Pergunto enquanto tento soltar, em vão, as minhas mãos, e encaro o homem baixinho, gordinho e com a respiração ofegante, que me acordou. — O que eu tô fazendo aqui?
— Falcão, liga pro chefe e avisa que a bela adormecida acordou.
O homem ignora os meus apelos e se encosta na mesa próxima a porta, enquanto outro homem, provavelmente o tal Falcão, entra e se aproxima dele, cochichando algo no ouvido dele, e então ele sai. O segundo homem pega o meu celular na bolsa, o leva até as minhas mãos e após algumas tentativas frustradas, consegue desbloquear através da minha digital.
— Bora ver se tu vale isso tudo que dizem por aí. — Ele diz enquanto mexe no meu celular, faz uma ligação e coloca no viva voz.
— Oi, loirinha, já estava preocupado. Cadê você? Como foi a reunião?
— Socorro, Renan!
— Shiiiu, quietinha. — O homem