Capítulo 25
Akira Muniz
Ao chegar ao templo procurando por Fênix, não a encontrei de imediato. Caminhei até onde minha sogra ainda arrumava algumas coisas, com a ajuda de dona Rosa. As duas riam baixinho, como se partilhassem um segredo simples da vida doméstica. Aquela cena me trouxe um breve alívio, mas minha mente continuava inquieta.
— Senhora Amélia! Cadê Fênix? Não a encontrei — perguntei, tentando soar tranquilo, embora minha voz denunciasse certa pressa.
— Ah, ela deve estar no banheiro. Foi tomar banho logo depois da festa. Já deve ter saído — respondeu ela, sorrindo com naturalidade.
— Certo. Vou ver como ela está — murmurei, me despedindo com um aceno rápido.
Segui até o quarto onde Fênix deveria estar. Ao abrir a porta, encontrei o ambiente quase mergulhado na penumbra. A lua, filtrada pelas cortinas de linho, lançava um brilho suave sobre os móveis de madeira clara. Do banheiro ao lado, vinham murmúrios abafados.
— Ai, que vergonha! Eu nunca vou sair daqui! — ouvi,