39. O SURGIMENTO DO AMOR
A tensão entre nós era quase elétrica. Eleonora parou com raiva, seu olhar oscilando entre Ilán e eu. Finalmente, ao ver que ele apenas me olhava, com um sorriso que não chegava aos seus olhos, assentiu.
— Claro, eu não quis atrapalhar —disse, mas em sua voz havia uma promessa tácita de que não se daria por vencida tão facilmente.
Com um último olhar cheio de raiva para Ilán, que só me olhava, Eleonora se retirou do quarto. Sua silhueta imponente e seu perfume se dissiparam no ar como um mau presságio. Como Amaya poderia ter imaginado aquele plano estúpido sem me avisar? Ilán estava casado! Eu tinha que fazer com que ele se divorciasse; ele era meu!
Esperei até que o som de seus passos se perdesse na distância antes de fechar a porta com fecho e me dirigir a Ilán com preocupação.
— Você está se sentindo bem, Ilán? —sussurrei assustada—. O que você tem? Por que está gaguejando desse jeito e está tão rígido? É por causa do que fizemos?
Ilán deixou escapar um suspiro e seu