CAPÍTULO 392. DEPORTADA.
- Tem visita pra você.
Estela acordou com a batida do cacetete do policial no aço da porta da solitária. Ela olhou para a janelinha da porta, um quadrado pequeno. As correntes limitavam seus movimentos. Ela sentou-se.
- Carmem!
Ela lembrou daquela voz.
- Bastian?
- Velha amiga de guerra. A gente se reencontrou. Poderia ser num momento mais agradável, não?
- O que houve, cadê seu bigode?
- São outros tempos. Prefere ser chamada de Estela?
- Vai se ferrar. Você deu a minha jaqueta ao tonto do Endrigo, que fez o DNA. Você não deveria ter me traído.
- Sério? Nem sabia que estava viva e que era Estela. Não acreditei quando meu filho me mostrou as fotos de Carmem e Estela, dizendo serem a mesma pessoa.
- Endrigo é seu filho? É um covarde igual ao pai.
- Sei que tenho contas a prestar mas não iguais as suas. São muitas mortes nas costas, inclusive a da filha da Consuelo. Você disse que é filha de Salomão Hermann?
Ela ergueu a blusa.
- Vê essa mancha com pêlos, ao lado do umbigo? Salomão e Ma