CAPÍTULO 324. ALMOÇO NOS CÉUS.
Jheniffer e Apollo entraram no avião.
- Próxima parada, Cidade do México, querido.
Apollo colocou as malas no bagageiro.
- Isso aí. Será a primeira vez que almoçarei num vôo.
- Eu também. Almoço nos céus. Espero viver muito para contar isso aos meus netos.
- Amém. Vai viver, com certeza. Ah, e espero estar ao seu lado.
- Estará, desde que não me dê nenhum motivo para divórcio.
- Sei. Pensarei nisso e vou me esforçar ao máximo para que isso não aconteça.
Ele sentou-se ao lado dela, que sempre preferiu a janelinha nas viagens.
- Nas viagens da fundação, prefiro viajar de manhã. Está mais fresquinho e o dia parece render. Esse horário de meio dia nunca me apeteceu.
Jheniffer riu.
- Apeteceu? Essa palavra existe?
- Sim. É antiga mas existe. Era mais usada no Brasil império e nas primeiras décadas da república. Quer dizer agradar.
- Você não nasceu no Brasil de dom Pedro II nem em 1920. Onde aprendeu essa palavra?
- No seminário, querida. Um padre idoso nos dava aulas de retórica e latim.