CAPÍTULO 109. NOVOS AMIGOS.
Bruno ajeitou os óculos. Um vento frio entrou no quarto.
- Que livro grosso!
- É sobre direito penal. Farei a prova pra delegado de polícia.
- Legal. Boa sorte, Bruno. Estou torcendo pra você.
- Valeu.
- Estou tremendo.
- Sério? Vou fechar a janela.
Bruno foi até o armário e pegou um cobertor. Ele cobrou Fernando.
- Pronto. Isso vai aquecer.
- Muito obrigado.
- O bom de ter convênio caro é isso. Ter um quarto pra cada um. Com tevê, frigobar, banheiro, armário com cobertores novos e comida boa.
- Eu não tenho convênio.
- Não? E quem vai pagar por tudo, as cirurgias, exames e o quarto? Você é rico?
- Não sou. Posava de filho de papai mas sou um pé rapado. Meu apartamento é alugado.
- Cara, você é uma resenha.
- O Apollo Hermann está pagando o hospital.
- O Apollo, da fundação?
- Ele mesmo. Eu estava engatando um romance com a Renata. Ele conseguiu voltar a fundação, através de uma ordem judicial da Argentina. Fomos conhecer a fundação e levei os tiros.
- Então, o Apollo nem teria motiv