POV Heitor Montenegro
O silêncio da noite era uma merda. Barulho demais dentro da minha cabeça. Peguei o celular para ver a hora, e foi aí que apareceu: notificação anônima. Sem texto. Só imagens.
Fotos. Cliquei, achando que era mais alguma besteira qualquer. Mas quando a tela carregou… o mundo parou por um segundo. Elena. No restaurante mais badalado da cidade. Cabelo preso com elegância, batom vermelho, olhar vibrante. E na frente dela… um homem. O médico dela. Meu sangue gelou.
Mais fotos: ele tocando a mão dela por cima da mesa. Elena sorrindo. Eles brindando. Ela jogando o cabelo pro lado, daquele jeito que ela faz quando está encantada. E por fim… os dois saindo juntos. Ele com a mão nas costas dela, conduzindo.
O médico.Que ela só “confiava porque estava cuidando da saúde dela e do bebê”. Do meu filho. O gosto metálico da raiva subiu pela garganta. Me apoiei na bancada da cozinha, tentando controlar a respiração. Ela dizia que estava cansada. Que não queria sair. Que estava