A voz irritada de Wesley veio através do telefone.
Lancei um olhar para o visor da chamada, percebendo então que ainda não havia bloqueado Wesley: — E então?
Wesley, incitado pelo meu tom sereno, disse entre dentes: — Você tem noção de que, por não ter ido buscá-lo, ele, uma criança pequena, ficou sozinho na porta da escolinha, esperando até as nove da noite para ir para casa?
Respondi calmamente: — Sr. Guedes, parece que o senhor está culpando a pessoa errada. Agora, Vitória é a mãe dele. E eu...
Levantei-me, fui até a varanda e olhei para longe. Era uma noite escura, e tudo o que se via eram as estrelas no céu e as milhares de luzes ao longe.
Respondi calmamente: — Sou apenas uma estranha.
Wesley respirou fundo: — Você ainda nos culpa?
— Não. — Respondi metodicamente. — Apenas tenho uma nova vida agora. Não há necessidade de me envolver demais com pessoas e eventos do passado. O que você acha?
Depois de dizer isso, nem dei tempo para Wesley responder e desliguei o telefone diretamen