Ele realmente tinha um colega que era psicólogo.Depois de resolver as pendências, Davi estava a caminho do aeroporto, já no primeiro andar do prédio do hospital. Sua pálpebra direita não parava de tremer, o que só aumentava sua ansiedade."Agora que a situação de Valentina estava resolvida, restava apenas Sophia, que estava em País R. Ela não iria aproveitar essa oportunidade para fugir, certo?"Ele não conseguia relaxar e, de repente, começou a se arrepender de não tê-la trazido de volta com ele.Parou e ligou para o segurança responsável por protegê-la. O tom de ocupado soou por um longo tempo, mas ninguém atendeu.Justamente nesse momento, outro celular tocou; era o telefone de Sophia.Quando estava voltando de avião, ele, curioso, quis saber mais sobre Sophia e, ao retornar, havia ligado para o celular dela.Desligou a chamada que fez e atendeu a dela.— Alô, bom dia, aqui é o Hospital São Jorge. Eu gostaria de falar com a Srta. Sophia, por favor?Davi respondeu:— Não, não é ela.
O mundo girava, e um zumbido agudo e estridente preenchia seus ouvidos. Havia ocorrido um terremoto perto da Pousada Águas Termais, na Vila das Águas... Sophia... Era o hotel que haviam reservado, e Sophia ainda estava lá. Não, ele havia planejado o roteiro para aquele dia, Sophia sairia para passear e provavelmente não estava no hotel agora. Davi pensava com uma esperança irracional. — Gabriel, Bryan, vamos para o aeroporto agora, imediatamente, pegar o primeiro voo para o País R! A voz de Davi tremia, sua visão escureceu e, ao dar um passo à frente, não conseguiu se manter em pé e caiu para o lado. Gabriel e Bryan correram para segurá-lo, com o rosto cheio de preocupação, gritando: — Presidente Davi! Aeroporto. Davi continuava tentando ligar, tentando entrar em contato com o local. O assistente Bryan empurrou a porta da sala VIP. — Presidente Davi, devido ao terremoto na Vila das Águas, todos os voos para lá foram suspensos. Bryan abaixou a cabeça, sem cor
— O que você quer dizer com eu me preocupar demais? — Hildegarde disse, olhando ao redor da sala, sem ver Davi. Irritada, ela continuou: — Onde está o Davi? Já foi embora? O que é esse homem? Minha filha perdeu o bebê por causa dele, e ele não está aqui para ficar com ela! Onde ele está correndo agora?Hilário não queria ouvir a esposa gritar sem parar.— Chega, fala menos. Ele é o presidente, está ocupado, é normal.— O que tem de normal? Como você pode ficar do lado dele? — Hildegarde olhou para o marido com raiva e continuou a brigar. — Eu estou pedindo para ele assumir a responsabilidade pela Valentina! Ela engravidou e perdeu o bebê, e ele não vai se casar com nossa filha?— Mesmo o presidente não pode ser tão irresponsável! — Depois de repreender o marido, ela se virou para Valentina, tentando confortá-la. — Filha, não se preocupe, a mamãe vai fazer justiça para você. Vou garantir que ele assuma a responsabilidade.As principais plataformas de notícias estavam cobrindo a notíci
Ele procurou um dia, dois, três... até que o sétimo dia se passou. O governo local divulgou a lista de vítimas, e o nome de Sophia estava claramente entre elas. "Não, Sophia não pode morrer. Ela é tão inteligente, sempre estava pensando em como sair de tudo, não é? Ela com certeza deve ter tentado escapar do hotel quando eu voltei para o meu país. Ela vai escapar de mim, ela não vai morrer! Como ela poderia morrer? " A lista foi apertada com força nas suas mãos, amassada, com as veias saltadas nas costas das mãos. Ele abaixou a cabeça e respirou profundamente. Quando levantou o olhar, seus olhos estavam visivelmente vermelhos. Rasgou a lista e a jogou no chão. — Procurem, continuem procurando. — Davi, com a voz rouca e quase irreconhecível, disse com firmeza. — Bryan, entre em contato com mais equipes de resgate, gaste o quanto for necessário, mas continuem procurando. Mesmo que tenhamos que cavar até o último centímetro do chão, eu vou encontrar a Sophia. — Davi. — Samuel d
Antes que ela pudesse terminar a frase, foi interrompida por Davi, com um tom frio.— Você não está bem, vou mandar alguém te levar de volta."Valentina não pode ficar aqui, e se Sophia voltar e ver isso? Vai ficar com raiva..."Ela ficaria com ciúmes.Quando Sophia voltar, ele não vai mais fazer ela ficar chateada. Mulher grávida não pode ficar nervosa nem irritada. Não, mesmo depois que ela tiver o bebê, ele não vai mais fazê-la ficar brava.Se ela não quiser que os seguranças a acompanhem, ele não vai mais insistir. Se ela quiser se casar, eles vão ao cartório. Se ela quiser trabalhar como artista, ele a apoiará com todas as forças.Em resumo, ele vai sempre seguir o que ela quiser. Não vai mais ser autoritário nem controlá-la.— Davi... — Valentina protestou, querendo dizer algo mais.— Gabriel, leve ela embora. — Davi gritou para a porta do quarto.Gabriel abriu a porta e entrou.— Srta. Valentina, por favor.Depois de enviar Valentina embora, Gabriel voltou para o quarto.— Leve
Depois de retornar ao país, Davi rapidamente voltou ao trabalho na empresa e, todas as noites sem falhar, perguntava sobre os progressos da equipe de resgate no País R.Os membros da equipe de resgate também estavam confusos e não entendiam a atitude das pessoas do País H. Já havia se passado mais de um mês desde o terremoto, e mesmo que as vítimas não tivessem morrido sob os escombros, já seriam vítimas da sede e da fome. Não havia mais possibilidade de sobrevivência. No entanto, eles não reclamavam; afinal, o pagamento era bom, então continuavam a busca.Como dizem, "não existe segredo que não seja revelado", e a morte de Sophia no País R logo se espalhou por toda a empresa Grupo Vitalidade. Durante o período em que o terremoto foi notícia, todos os dias saíam reportagens, e o Presidente Davi tinha ido pessoalmente ao País R procurar pessoas durante mais de um mês, sem sequer se preocupar com a empresa.Nos intervalos do trabalho, os funcionários adoravam fofocar.— Ei, vocês acham
Ele pensou consigo mesmo. Após terminar seu trabalho no final do dia e voltar para casa à noite, ele perguntou, como de costume, sobre a situação da busca e resgate. Sentado no escritório até tarde da noite, não ousava voltar ao quarto. O quarto estava impregnado pela presença de Sophia, e na grande cama, não havia sua figura, apenas ele, sozinho. ... Quatro meses depois. Do outro lado do mundo, no outro lado do oceano, no País M. Sophia e Letícia estavam no jardim da mansão no castelo, com o sol perfeito, e uma mesa estava montada na grama. As duas bebiam leite, desfrutando de uma tranquilidade única. Naquele momento, no País R, depois de trocar de roupa e criar a ilusão de estar deitada na cama, dormindo a sesta, ela entrou no carrinho de bebê que Letícia havia preparado para ela. Após deixar o hotel, as duas pegaram um helicóptero diretamente. Foi somente quando chegaram ao País M que ela soube que, após sua partida, ocorreu um terremoto no hotel. Ela havia saído
Selma estava verificando, com a enfermeira pós-parto recém-contratada, os itens que precisavam ser levados para o hospital no dia seguinte. Ainda faltava uma parte para checar quando recebeu uma ligação de Letícia, dizendo:— A Sophia está com dor na barriga, parece que o bebê vai nascer logo.Ela imediatamente chamou Frâncio, e os dois correram para a casa de Sophia.Se virou para a enfermeira pós-parto e deu a ordem:— Rápido, coloque o kit de parto no carro.Frâncio colocou Sophia no carro, e Letícia e Selma foram logo atrás. Antes de sair, Letícia não se esqueceu de levar a bolsa com Coxinha e Torresmo com Pimenta.Frâncio dirigia o carro, e Letícia, vendo Sophia sofrendo com as dores, continuava apressando:— Mais rápido!— Estou indo o mais rápido que posso. — Vários carros pretos formavam um comboio que acelerava pela estrada asfaltada.O fato de o parto de Sophia ter começado antes do previsto pegou todos de surpresa. Embora estivessem em uma correria, os preparativos haviam s