Pov. Isabella5 anos atrás...O vento estava frio naquela manhã, e o céu, de um cinza pesado, parecia refletir exatamente o que eu sentia por dentro. Já fazia uma semana desde que o vi pela última vez — e, mesmo assim, eu ainda acordava todas as manhãs esperando a mensagem que nunca vinha.As horas pareciam se arrastar. A cafeteria em que nos conhecemos tinha se tornado tanto um refúgio quanto uma lembrança dolorosa. Era ali que tudo havia começado: o sorriso tímido, as conversas que pareciam não ter fim, os olhares que falavam mais do que palavras.Mas agora, o mesmo lugar parecia vazio.Sentei-me na mesma mesa de sempre, olhando para a porta a cada vez que o sininho tocava, como se meu coração insistisse em acreditar que, a qualquer momento, ele voltaria. Mas o tempo passava, e a única coisa que voltava era a saudade.— O de sempre? — perguntou a atendente, com um sorriso gentil.Assenti. Minha voz não saiu.Ela deixou a xícara na mesa, e o vapor do café subiu, esquentando por um br
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