MJ…Calça branca de brim impecável, camisa jeans de manga média, alguns botões abertos de propósito para dar aquele ar de malandro estiloso. Na cabeça, um chapéu de aba curta, adornado com uma faixa verde, representando com orgulho a cor da minha escola. A quadra de samba Faz Quem Pode sempre foi meu território, o meu templo. Era onde eu mais me encontrava comigo mesmo, onde eu podia ser de verdade quem eu era. Ali também estavam as lembranças mais preciosas, talvez os melhores momentos que já vivi, especialmente ao lado da minha rainha.O tráfico me dar poder. Dinheiro para comprar o que eu quisesse, respeito e medo na mesma medida. Mas a música… a música me completava de um jeito que o crime nunca conseguiria. Era ela que me mantinha humano. No meu mundo, não existe retorno. Uma vez dentro, a porta se fecha. Não que eu quisesse sair dele, mas eu queria equilíbrio. Queria, pelo menos por algumas horas, ser só eu, sem o peso do apelido que carregava.Para o Quenedi, meu irmão, isso er
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