NARRAÇÃO DE SARAEu nunca fui de perder o sono, mas naquela noite, a insônia me consumiu. O culpado tinha nome: Sr. Dawson. Rolei de um lado para o outro, tentando convencer minha mente a descansar. Bufei irritada, vencida por pensamentos que não me deixavam em paz.Ao amanhecer, acordei exausta, mas Julie, radiante, pulava sobre mim, pedindo para ir à mansão. Só de ouvir aquela palavra, meu peito apertou.Me arrumei contra a vontade, ignorando o olhar de julgamento da minha mãe. No fundo, eu sabia que ela não queria que eu levasse Julie para lugar algum, muito menos para lá. Saí sem esperar que ela se despedisse — e, de fato, ela não se despediu.O frio daquela manhã me fez apertar Julie contra o peito, protegendo-a do vento cortante. Ela adormeceu no caminho, serena, alheia ao mundo. Meus dedos congelavam, mas eu não reclamei. Havia um nervosismo maior que o frio.Quando o carro parou diante da mansão, respirei fundo. Aquele lugar sempre me dava a sensação de que eu não pertencia al
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