Ponto de Vista de AmaraQuando os meninos começaram a falar sobre tudo da alcateia, eu fiquei em silêncio. Era informação demais, palavras pesadas demais. Alfa, Beta, Ômega, leis, punições… parecia uma língua estrangeira que eu precisava aprender depressa. Senti meus olhos arderem e, antes de perceber, lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.Não chorei alto. Foi um choro silencioso, sufocado, como sempre fiz na vida. Uma mistura de medo e sobrecarga. Arthur estava sentado na minha frente, falando sério, e Apolo encostado na parede, braços cruzados, me observando. Os dois pareciam tão calmos, tão seguros de si… e eu, ali, humana, perdida no meio de tudo isso.Eu passava os dedos pelo lençol da cama para não tremer. As palavras de Arthur ecoavam dentro de mim: “Punição pode ser prisão, expulsão… ou morte”. “Um lobo nunca deve chegar perto ou tocar na companheira de outro lobo. Isso é pena de morte”. E depois, “Se um lobo tocar em você ou tentar alguma coisa, eu posso matá-lo na ho
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