Aquela noite parecia comum, mas havia algo diferente no ar. O vento soprava do lado de fora, suave, roçando as janelas como um sussurro. A lua cheia iluminava todo o quarto com uma luz prateada e calma. Eu me encolhi debaixo das cobertas, sentindo o calor do lençol e o perfume leve do travesseiro que ainda tinha o cheiro dos gêmeos. Estava cansada, esgotada. Os pensamentos sobre tudo que havia descoberto naquele dia rodavam na minha cabeça como um redemoinho.
A Deusa da Lua, o vínculo, as leis, o destino… Eu era apenas uma humana, e de repente parecia o centro de um mundo que eu nem entendia.
Fechei os olhos tentando descansar, mas a mente não parava. Cada palavra de Lucy, a Banshee, ecoava dentro de mim como um presságio: “Você não é uma humana comum.”
Suspirei. Queria esquecer aquilo. Só dormir. Apenas dormir.
Mas o sono que veio não foi tranquilo.
De repente, tudo ficou branco. Um vazio, silencioso e brilhante. A sensação era estranha — nem leve, nem pesada — apenas… diferente. E