Passaram-se dois anos desde que o coração generoso de Matteo Eisenberg cessara de bater em Genebra, mas o legado que ele deixara não deixara espaço para estagnação: a vida de Isabelle, agora com 33 anos, prosseguia em passos firmes, guiada pela determinação tranquila de quem herdara não apenas empresas, mas uma causa maior.Sua filha, Catherine, completara cinco anos, e a menina crescia sob o sol da primavera suíça, exibindo o mesmo cabelo escuro, o mesmo porte delicado da mãe — embora os olhos, cristalinos como safiras, lembrassem-lhe com pungência que ali residia também uma parte de Dominico.Desde cedo, Isabelle aprendera a ser mãe e empresária. Em suas manhãs, após o café que Amélie preparava com pães frescos e geleias artesanais, vestia-se com elegância discreta — um tailleur em tons de cinza ou azul-marinho, sapatos baixos de salto confortável — e, acompanhada de Claire, a governanta, descerrava as cortinas da biblioteca, onde pilhas de relatórios financeiros e correspondências
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