“Ann Sterling” “Prometi nunca te abandonar…” Essas palavras desbloqueiam uma lembrança que eu havia esquecido, ou acreditado ter apenas sonhado. Realmente pedi para ele não me abandonar como minha mãe fez. E Nathan realmente respondeu que nunca me abandonaria. Não foi um sonho. Foi real. Me afasto um pouco para olhar em seus olhos, procurando por qualquer sinal de que está só dizendo o que acha que eu quero ouvir. Mas encontro apenas sinceridade. — Achei que tinha sonhado — murmuro, sem jeito. — Não sonhou — ele responde, passando o polegar pela minha bochecha. — Nunca vou te abandonar. Especialmente depois de hoje. — Nathan… — começo, mas Logan limpa a garganta atrás de nós. — Pessoal, não por ser chato, mas que tal continuarmos essa conversa no carro? — ele diz, claramente desconfortável. — Este lugar me dá arrepios. Nathan assente, mas não me solta. Mantém o braço ao redor da minha cintura enquanto caminhamos em direção ao carro. — Sr. Prescott — diz o senhor robusto, q

Assinto devagar, sentindo meu coração bater de maneira estranha. Tiro a roupa rapidamente e entro na banheira atrás dela. Quando Ann se recosta contra meu peito, sinto uma paz que não sabia que existia. — Assim — ela sussurra, relaxando completamente. Pego o sabonete, passo na esponja e começo a deslizar pelos braços dela, devagar, como se pudesse apagar qualquer vestígio daquele lugar horrível. — Suas mãos são tão grandes — ela comenta, rindo baixinho quando chego nos ombros. — Bom ou ruim? — Ótimo. Continuo lavando-a com cuidado, descobrindo que existe algo profundamente satisfatório em cuidar de alguém assim. Em saber que estou fazendo Ann se sentir melhor. Passo pelas costas, depois novamente pelos braços, sempre em movimentos lentos e atentos. — Tem certeza de que está bom? — pergunto, despejando um pouco de shampoo na palma da mão. — Perfeito — ela sussurra, relaxando contra mim. — Inclina a cabeça para trás — peço, ainda inseguro, mas decidido a fazer dir

O jantar japonês que Nathan pediu está delicioso, e pela primeira vez no dia sinto meu estômago realmente relaxar.A conversa leve deixa o clima ainda mais agradável.Logan começou com histórias constrangedoras da adolescência, passou pelas tentativas frustradas de conquistar líderes de torcida e agora está narrando dramas corporativos.Tudo sobre Nathan, claro. Ele parece ter um prazer particular em cutucar o amigo.— E então o cara literalmente começou a chorar no meio da reunião — Logan gesticula com os hashis. — Porque Nathan disse que a apresentação dele estava “adequada”.— Adequada? — Harper quase cospe o sushi de tanto rir. — Isso é pior do que dizer que estava ruim!— Exato! — Logan bate os hashis na mesa como um martelo. — A palavra mais mortal do vocabulário corporativo. “Adequada”. Traduzindo: “você falhou miseravelmente, mas eu não vou perder meu tempo explicando”.— Adequada é quase um elogio — Nathan rebate, pegando mais sushi com calma. — Significa que ainda tem potenc

A senhora me observa por alguns segundos, e eu permaneço parada, sem saber o que fazer ou dizer. Deveria me esconder? Fingir que sou a faxineira? Inventar uma desculpa qualquer? Mas, antes que eu possa pensar numa saída, ela sorri. Um sorriso genuíno que ilumina completamente seu rosto. — Então você é a Ann — diz, estendendo a mão enluvada com elegância. — Sou a avó do Nathan. — Eu… sei quem é a senhora — engulo em seco, apertando a mão dela. — Prazer em conhecê-la, Sra. Prescott. — Me chame de Dorothy, querida — ela responde, entrando sem esperar convite. — E relaxe. Pelo amor de Deus, você parece que viu um fantasma. — É que… eu não estava esperando… — gaguejo, fechando a porta atrás dela. — Visitas? — Completa, lançando um olhar para minha roupa. — Imagino que não. Mas devo dizer que fico feliz em encontrá-la aqui tão… confortável. Não sei se isso é um elogio ou uma indireta, mas antes que eu possa responder, Nathan surge na sala, com mais farinha no rosto e fuligem

“Nathan Prescott” A pergunta da minha avó me faz parar de mastigar. Imediatamente desvio o olhar para Ann. Vejo a dúvida nos olhos dela e sinto uma pontada de frustração. Não com ela. Comigo. Porque sei que sou o responsável por essa insegurança. Fui eu quem criou contratos, regras, limites frios… e agora ela não consegue acreditar que eu a escolheria por opção, independente da pressão. — Vovó, a senhora quer saber se Ann está disposta a enfrentar a tempestade que está por vir — digo primeiro, mantendo os olhos na minha avó. — Mas a pergunta certa é: por que eu deixaria que ela enfrentasse isso sozinha? — Nathan… — Ann começa, mas ergo a mão, pedindo silêncio. — Me deixe terminar. — Minha voz sai firme. — Ann, você acha que vou te colocar no meio disso tudo e depois vou desistir quando as coisas ficarem difíceis. E eu entendo o motivo. Até poucos dias, tudo entre nós se resumia a… sexo. O olhar da minha avó se arregala, mas finjo não notar. — Só que isso mudou — continuo. — Se