Eu havia passado quase o dia inteiro no quarto, os pensamentos girando sem descanso. Cada palavra do Nathaniel ecoava na minha mente, misturando raiva, desejo e confusão. A verdade era dolorosa e inegável: mesmo depois de tudo, eu ainda gostava dele. Não era apenas lembrança, era algo presente, pulsando dentro de mim, insistente e impossível de ignorar. Olhei para a janela, observando o mar se estender lá fora, cada onda parecendo me lembrar do que havíamos sido e do que ainda poderia ser. Tentei racionalizar, me convencer de que não podia me deixar levar, mas era inútil. Meu corpo e minha mente ainda reagiam ao nome dele, à sua presença, ao jeito com que me olhava, como se me desafiasse e me dominasse ao mesmo tempo. Suspirei, sentindo uma mistura de frustração e desejo. E naquele silêncio, percebi que, por mais que eu quisesse negar, ainda havia espaço para ele dentro de mim, um espaço que nem o tempo, nem a distância, nem o ódio podiam preencher completamente. Saí do quarto
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