Amália adormeceu sobre a cama simples, mas macia e aconchegante, exausta. A tarde avançou e ela dormia serenamente; Fátima, preocupada, veio vê-la várias vezes nesse tempo.Quando Amália acordou, o sol já se aproximava do horizonte. Seu corpo estava recuperado, mas seu coração ainda sangrava, a mente inquieta pensando em como seria sua vida a partir dali. Em poucos meses, o acordo com Glauco chegaria ao fim, e ela teria que ir. Ele prometera compensá-la, mas ela não pretendia aceitar. Uma vez, ele lhe dissera para viver um dia de cada vez, e ela seguiu esse conselho, esquecendo-se de que aquele dia acabaria chegando.A vida que conhecia até então era de fugitiva, marcada por exploração e maltratos de Carlos e Marta. Depois, ao lado de Glauco, conheceu momentos de paz e cuidado, mesmo com contratempos. Sentia falta do perfume dele, do calor de seus braços.Ela se olhou no espelho. “Agora começará uma nova vida”, pensou, ajeitando os cabelos. Lavou o rosto e desceu. A casa estava silenc
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