O silêncio da mansão era denso, feito de camadas invisíveis que se sobrepunham, abafando sons, pensamentos e até emoções.Catarine descia as escadas lentamente, os saltos dos sapatos mal tocando o chão de mármore polido. Sabia que, a qualquer momento, o celular vibraria com uma nova mensagem de Eithan, o homem que, apesar de sua educação impecável e charme calculado, a observava como quem espera uma falha, um deslize.Naquela manhã, Holly piorara. A febre voltara com força e Anastácia passara a noite ao lado dele, administrando os remédios, controlando a temperatura, garantindo que o pequeno não emitisse nenhum som que pudesse ser captado por quem não devia.Catarine entrou no quarto do filho e o encontrou adormecido, as bochechas queimando em contraste com a palidez do restante do rosto.— Como ele está? — perguntou, sussurrando.Anastácia suspirou, ajeitando a manta.— Estável… por enquanto.Catarine assentiu, comprimindo os lábios numa linha tensa. Não podia permitir que o estado d
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