Narrado por Leonid Raskolnikov Eu a observei enquanto ela atravessava o saguão, os saltos ecoando sobre o mármore frio, o corpo esguio carregado por uma postura ereta, firme — como se o peso do mundo sobre seus ombros não fosse o suficiente para quebrá-la. Os olhos de Zalea ainda flamejavam com aquela atitude desafiadora que, de algum modo, me atraía mais do que qualquer submissão cega que eu já havia experimentado antes.Ela não se curvava. Não como as outras mulheres. E isso despertava algo em mim — algo primitivo, perigoso.Zalea Baranov era uma tempestade prestes a ser liberada, e eu queria estar no centro dela quando finalmente explodisse.Quando ela disse que não era minha submissa, um sorriso quase imperceptível curvou meus lábios. Ela não tinha ideia de quem estava enfrentando — ou talvez tivesse, e ainda assim decidiu provocar. Isso me fazia admirá-la e, ao mesmo tempo, querer quebrar cada camada dessa resistência.Eu me aproximei, guiando-a pelo corredor, sentindo o calor d
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