Bruna caminhava descalça pelas ruelas de areia, o vestido branco de linho esvoaçante, os pés afundando suavemente na textura macia e irregular do chão. O vento trazia o aroma de sal e especiarias que sempre pairava ao redor do restaurante de Jae-Hyun. Ela parou na frente da varanda, respirando fundo, sentindo o coração acelerar, não pelo esforço da caminhada, mas pela ideia que fervilhava há dias dentro dela, desde a última conversa com Gabi. Jae-Hyun estava ali, como sempre àquela hora, organizando os últimos pratos do dia, as mãos ágeis e precisas, os cabelos presos em um coque baixo, deixando o pescoço longo exposto. O avental preso na cintura, a camisa de linho dobrada até os cotovelos, deixando à mostra a pele bronzeada e as tatuagens discretas que Bruna aprendera a decifrar aos poucos, como quem lê um poema escrito em outra língua. Ele ergueu o olhar ao sentir sua presença e sorriu, aquele sorriso meio tímido, meio
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