Ponto de Vista de Máximo Bianchi.Três semanas.Vinte e um dias.Quinhentas e quatro horas olhando para ela naquela cama, esperando… esperando o menor sinal de que ela voltaria pra mim.Meu coração estava um caco, mas eu não podia desmoronar. Não com Lucas em casa, não com Serena lutando pela vida.Eu me dividia entre dois mundos.De manhã, segurava meu filho no colo, embalava, trocava fraldas, dava banho… e à noite, segurava a mão da minha mulher, falava, contava tudo, esperando que, de algum jeito, ela me ouvisse.Minha mãe tinha sido um anjo na Terra. Ela cuidava de Lucas com tanto amor, como se quisesse proteger não só ele, mas a mim também. Ela sabia que, se não fosse por Lucas, eu já teria me destruído inteiro nesses dias.Hoje, quando entrei no quarto do hospital, fiz o mesmo ritual.Fechei a porta, puxei a cadeira até o lado dela, segurei sua mão e comecei a falar.— Boa noite, amore… — sorri, mesmo com aquele aperto no peito. — Vim te contar que nosso menino já tá sorrindo…
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