Henrique não respondeu. Estava ocupado demais encarando os lábios dela. Na segunda colherada, um filete do sorvete derretido caiu da colher direto para o decote do vestido de Elize, escorrendo na pele clara, parando entre os dois seios. — Droga — ela murmurou, tentando alcançar o guardanapo. Mas Henrique já havia se levantado com o guardanapo na mão, tirando a possibilidade dela se limpar. Atravessou o espaço entre eles com firmeza, curvou-se, e sem dizer nada, limpou com a boca o traço gelado da pele dela, devagar, como se a estivesse saboreando tanto quanto o doce. Elize prendeu a respiração. Henrique ouviu o som da respiração dela mudar. Um suspiro preso, os músculos tensos, o ar denso entre os dois. O gosto do sorvete se misturava ao calor da pele dela — doce, gelado, provocante. Quando ergueu os olhos, os de Elize estavam cravados nos seus, arregalados de surpresa e desejo. Ele se afastou apenas o suficiente para ver o rosto dela, mas o corpo já havia tomado u
Ler mais